segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Menu dos Porquinhos















Os Porquinhos são animais de hábitos e podem ter problemas se de repente recebem um menu totalmente diferente, por isso o melhor é dar sempre o mesmo tipo de alimentos, variando os vegetais ao longo da semana, mas sempre da mesma gama. A introduzir algo novo deve ser só como guloseima e em pequena quantidade pois podem ter problemas a digerir novos alimentos que não estão habituados, se estes forem dados em grandes quantidades.

Tudo depende das quantidades dadas. Nunca esquecer que só se deve dar um pouco aos porquinhos e não deixar uma alface ou uma couve inteira na gaiola, por exemplo.

Sobre a alface, há anos que damos alface e isso nunca provocou uma diarreia. Claro que se notamos que o animal não está bem ou tem as fezes moles não damos. Os alimentos favoritos deles são as cenouras e os pimentos verdes. Também comem muitos bróculos (muito rico em vit. C). Em relação ao tomate e à laranja uns gostam mais do que outros que deixam de lado. Não esquecer que uma laranja ou kiwi são muito mais ácidos que uma maçã, portanto de preferência deve-se dar maçãs.

Aqui fica o Menu da Cavilândia :

Legumes: cenoura (todos os dias),
os seguintes variam de dia para dia ao longo da semana
1 pedaço de pimento,
1 ramo de bróculos,
1 pedaço de beteraba,
1 folha de alface,
1 folha espinafres,
1 folha de salsa,
1 rodela de pepino,
1 cubo de tomate,

Fruta: 1 gomo de maçã (de 2 em 2 dias)
de tempos a tempos
1 pedaço de laranja ou 1 pedaço de banana

complementado com : Feno e água sempre disponivel e ração própria para porquinho (3 colheres de sopa de ração por dia ao final da tarde)

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Homenagem aos amigos que ficam no coração













Fica aqui o tributo aos nossos amigos que nos deixaram e que vão ficar para sempre na nossa memória através do poema da Ponte do Arco-Íris:










































Deste lado do Céu existe um lugar chamado a Ponte do Arco-Íris

Quando um animal morre e era querido de alguém, esse animal vai para a Ponte do Arco-Íris. Lá existem planícies e montes para todos os nossos amigos especiais onde eles correm e brincam juntos. Há sempre muita comida, água e sol, e os nossos amigos estão quentes e confortáveis.

Todos os que estiveram doentes e velhos voltam ao seu antigo vigor. Os que ficaram aleijados e feridos recuperam e ficam fortes outra vez, como os lembramos nos nossos sonhos de dias e tempos que passaram. Os animais ficam felizes e contentes, excepto numa coisa; sentem saudade de alguém muito especial para eles, alguém que ficou para trás.

Todos correm e brincam juntos, mas há dias que param e olham para longe. Com um brilho nos olhos tão intenso. Todo o corpo se ergue. Depois começam a correr para o grupo, voam sobre a erva verde, e as pernas fazem-nos correr mais e mais depressa.

Finalmente, quando encontrares o teu amigo especial novamente, dias alegres de reencontro virão, e desta vez não irão partir. A chuva de beijos felizes na tua cara; as tuas mãos a fazerem-lhe carícias de novo na cabeça amada, e mais uma vez olhas nos olhos o teu animal de estimação, que há tanto tempo se foi, mas que continua no teu coração.

Então juntos atravessam a Ponte do Arco-Íris...

Autor desconhecido

Dedicado ao Jack, Pinky, Molly & Maggy
por Rui Martins

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Genética

Texto de Verena Fuchs

Todas as pessoas que se interessam seriamente na criação de porquinhos da índia, têm de saber um pouco àcerca das bases da genética. Importante são a hereditariadade das cores, da estrutura do pêlo e os atributos do corpo, como por exemplo, orelhas, nariz e dedos dos pés. Depois de se ganhar uma primeira prespectiva àcerca deste assunto poderá verificar como este pode ser fascinante e fundamental para um criador.

Generalidades:

A genética trata da estrutura do ADN, das regras de hereditariadade e como certos atributos são expressos. O mais interessante para um criador são as regras de hereditariade. A hereditariadade é a passagem de informação de uma geração para outra. Cada ser vivo salvaguarda estas informações no seu ADN. Cada célula do corpo contém o ADN completo do indivíduo espalhado sobre os cromossomas e no seu núcleo.

As bases sobre as regras de hereditariadade foram publicadas em 1865 pelo monge Gregor Mendel. Ele realizou experiências com plantas de ervilha. Estas foram compiladas nas três "Leis de Mendel"
A herança completa de um ser vivo é distribuída pelos genes. Cada gene é transmitido sem alterações aos descendentes. Todos os genes juntos designam-se por genoma.

O genoma determina o genotipo do indivíduo. Do lado oposto temos o fenotipo, que contém todas as características visíveis do indivíduo. O fenotipo mostra todos os atributos do que é expresso no genotipo. As outras que estão escondidas só podem ser encontradas no genotipo.
Cada cromossoma ocorre em par. Cada par de cromossomas é chamado de homólogo. Os genes que existem na mesma posição de dois cromossomas homólogos são chamados de alelos. Se dois alelos de um mesmo atributo são iguais, então o indivíduo é homozigótico para esse atributo. Se são diferentes então o indivíduo é heterozigótico.

Alguns alelos são dominantes em relação a outros. Isso significa que, se os alelos são diferentes só um dos atributos codificados será expresso. O alelo não dominante designa-se por recessivo. Alguns atributos apresentam uma dominância incompleta. Então o fenotipo só mostra uma mistura dos dois atributos codificados. Claro que este facto torna difícil seguir a linha de hereditariadade.

Genes que influenciam um atributo usualmente são descritos juntos com um certo código de letra. Alelos dominantes são descritos em letra maiúscula e os recessivos em minúsculas.
Conhecendo as proporcões em que cada atributo ocorre na primeira geração de descendentes (F1) e na segunda (F2)e como os pais são fisicamente, é possível encontrar os genotipos dos indivíduos envolvidos em relaão ao atributo observado.

Hereditariadade na estrutura do pêlo:

1. O Factor-L: L = Pêlo Curto, l = Pêlo Longo; a dominância é incompleta, desse modo é possível que apareçam animais com pêlo médio-longo

2. O Factor-Rh: Rh = Pêlo ondulado e áspero, rh = pêlo liso; também aqui a dominância é incompleta, por isso alguns animais só têm uns poucos redemoinhos

3. O Factor-M: M = redemoinhos amplificados, m = não existe amplificação

4. O Factor-St: St = formação de coroa, st = não existe formação de coroa

5. O Factor-Rx: Rx = não tem redemoinhos, rx = tem redemoinhos (para o Rex e Texel)

6. O Factor-Fz: Fz = não tem redemoinhos, fz = tem redemoinhos (para o Teddy)

7. O Factor-Sn: Sn = não acetinado, sn = acetinado

Notas:
A formação da coroa é dominante sobre pêlo liso , mas recessiva em relação à formação de redemoinhos.
A formação de redemoinhos é dominante sobre pêlo liso, formação de coroa e pêlo ondulado.
Pêlo com redemoinhos (Rex e Teddy) é recessivo em relação a tudo.

GENÈTICA DAS CORES

Para a coloração do pêlo dos porquinhos da índia não é só um gene o responsável. Existem uma linha de genes que determina a coloração do pêlo, a proporção da cor e a sua intensidade. Alguns genes influenciam outros.
Os porquinhos selvagens têm a cor Agouti-Dourado.Esta é a cor original. Todas as outras são mutações da cor original feitas pela selecção dos criadores..

Fórmula da cor dos porquinhos selvagens: AA BB CC EE PP


A = Factor-Agouti
B = Factor-Castanho
C = Factor da intensidade da cor
E = Factor da Proporção
P = Factor olhos vermelhos

As cores básicas dos Porquinhos-da-índia são o vermelho e o preto. Todas as outras resultam da diluição destas duas.

-> Linha da cor Vermelha: Vermelho (d.E.) - Dourado (d.E.) - Dourado (p.E.) - Lustre (d.E.) - Açafrão (p.E.) - Creme (d.E.) - Branco (d.E.) - Branco (p.E.)
-> Linha da cor Preta: Preto (d.E.) - Chocolate (F.E.) - Beje (p.E.) - Lilás (p.E.) - Azul Slate (F.E.) - Preto Himalaia (p.E.) - Castanho Himalaya (p.E.)

O Factor-A:
O factor A causa o chamado Ticking da coloração-Agouti. A parte do meio de um pêlo perde o pigmento. O pêlo parece ter três zonas de cor. Assim aparece o típico efeito Agouti.
Linha de Dominância: A (Agouti) - a(r) (Sólido-Agouti) - a(t) (Tan) - a (Não-Agouti)
Se o factor A estiver no genótipo é ainda dependente do factor E se o animal se paracer com um Agouti ou não. No Homizigoto ee a expressão Agouti pára.

O Factor-B:
É o factor castanho e é responsável pelo pigmento preto ou castanho na pele e no corpo do porquinho da índia. B causa a pigmentação preta, b reduz para castanho. B é dominante sobre b. O b causa que os olhos sejam luzidios. Aparecem assim os animais com olhos de fogo. O pigmento pode ainda ser visto na pele. Se está no pêlo ou não isso é dependente do factor C.

O Factor-C:
O factor de intensidade da cor determina o grau de diluição da cor no pêlo.
Linha de Dominância: C (Cor plena) - c(d) (Diluição) - c(k) (pouca diluição) - c(r) (Factor-Chinchila; o Vermelho é reduzido a branco) - c(a) (Factor-Himalaia) - c (Albino)
Albinismo real ainda não foi provado entre porquinhos da índia até agora.

O Factor-E:
O factor-Proporção é responsável pela proporção entre a pigmentação preta e vermelha e sua distribuição.
Linha de Dominância: E (Edding; a pigmentação preta cobre o vermelha) - e(p) (duas cores; pigmentação preta e vermelha) - e (só pigmentação vermelha)
Homozigoto ee suprime o factor-Agouti.

O Factor-P:
O factor-Olhos vermelhos influencia mais a pigmentação preta e castanha do que a vermelha. Se uma animal for homozigoto pp então a sua cor basica será muito mais clara, o que é mais óbvio em animais com pigmentação escura.
Linha Dominante: P (olhos escuros) - p(r) (olhos de rubi) - p (olhos vermelhos)
Os olhos de rubi não são o mesmo que olhos de fogo, que são causados pelo factor b.


Agora alguns exemplos de fórmulas de cores:

AABBCCEEPP -> homozigoto Agouti-Dourado
a(r)a(r)BBCCEEPP -> homozigoto Agouti-Dourado-Sólido
AABBCCe(p)e(p)PP ->homozigoto Agouti-Dourado-Vermelho
AAbbCCEEPP -> homozigoto Agouti-Laranja
AABBc(r)c(r)EEPP -> homozigoto Agouti-Prateado
aaBBCCEEPP -> homozigoto Negro
aabbCCEEPP -> homozigoto Chocolate

O Factor-S:
Este factor é responsável pelas zonas brancas no pêlo do porquinho da índia.
Linha dominante: S (sem Branco) - s(s) (menos de 50% Branco) - s (mais de 50% Branco)
O factor-S não influencia os factores mencionados anteriormente. Não confudir zonas brancas com aquelas em que o branco aparece por diluição do vermelho. A dominância não é completa. Mesmo animais SS podem por vezes apresentar raramente um pouco de branco no pêlo.

O Factor-Rs:
O Factor-Dálmácio é o chamado factor-LETAL. O animal homozigoto RsRs não está destinado a viver e geralmente morre à nascença ou nasce com grande defeitos, pelo que morre pouco depois de nascer. Rs (Dalmata ou Ruão) é dominante sobre rs (Não Dalmata ou Ruão). Ruão e Dalmata NUNCA devem ser cruzados entre os dois ou entre eles.

* Informações sobre Raças e Cores :
http://porquinhos.no.sapo.pt/meer_rassen2.htm

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Cavia Aperea - O Porquinho selvagem














Os ancestrais dos nossos porquinhos são os porquinhos selvagens que ainda vivem em grande número em liberdade. Estes vivem numa grande área do continente Sul-Americano. Podem ser encontrados tanto nos campos, como nas savanas, florestas e mesmo montanhas até uma altura de 4500 metros. Os porquinhos selvagens vivem em tocas por debaixo da terra ou em buracos nas rochas.

São animais sociais que vivem em grupos estruturados hierarquicamente. Um grupo consiste num macho adulto , denominado de alfa, várias fêmeas e suas crias e o número de elementos varia entre 5 e 20. Estes grupos podem viver próximos de outros grupos. O macho quando atinge a puberdade, cerca dos três meses, é expulso do grupo pelo macho dominante e vai procurar formar o seu grupo com outras fêmeas.

Os porquinhos selvagens estão activos de madrugada e saem das tocas aos nascer e pôr do sol para irem procurar comida. Durante o dia ficam nas tocas a dormir.
São animais vegetarianos puros. Comem normalmente ervas, folhas, casca de árvore, frutas e sementes.

A côr do pêlo é genticamente igual à côr agouti dourado ( de aparência acastanhada ) dos porquinhos de estimação. No entanto tende mais para o castanho acinzentado do que para o castanho avermelhado, sendo uniforme ao longo do corpo. O seu pêlo têm uma estrutura mais áspera, porque alguns dos pêlos são mais longos e destacam-se do corpo.

Na estrutura do corpo existem grandes diferenças para os seus parentes domésticos. Os porquinhos selvagens são mais delgados, com pernas mais fortes, que lhes permitem serem muito ágeis e darem saltos de 70 cm. O peso varia entre os 500 e os 600 gramas para animais adultos. A cabeça é mais longa com um nariz menos arredondado, orelhas espetadas e olhos escuros.

Algumas pessoas têm porquinhos selvagens em cativeiro. No entanto não deve ser esquecido que eles pertencem ao mundo selvagem e não são animais de estimação. Não são muito amáveis e não é fácil tê-los como animais domésticos. Precisam de uma gaiola muito grande quer lhes ofereça possibilidade de correrem. Têm também muitos problemas com a comida para porquinhos domésticos. É sempre um grande esforço ter animais selvagens em casa e a pessoa deve pensar se não é melhor adquirir um domesticado.

Texto de Verena Fuchs